O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, defendeu hoje a criação na Síria de zonas sob supervisão da ONU para destruição de armas químicas.
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Em declarações aos jornalistas, Ban Ki-moon disse que pode propor a criação das referidas zonas ao Conselho de Segurança da ONU se os investigadores da organização confirmarem que foram utilizadas armas proibidas no conflito sírio.
«Estou a ponderar propor ao Conselho de Segurança que exija a transferência imediata dos 'stocks' de armas químicas para locais da Síria onde possam ser depositadas e destruídas em segurança», disse.
Com esta iniciativa, o secretário-geral da ONU pretende ultrapassar a «embaraçosa paralisia» do Conselho de Segurança, que mais de dois anos desde o início do conflito na Síria ainda não conseguiu adotar uma resolução sobre o assunto.
Esta declaração do secretário-geral da ONU surgiu depois do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, ter apelado à Síria para colocar o seu arsenal químico sob controlo internacional para evitar uma ofensiva de países ocidentais contra alvos do regime de Damasco.
Ban congratulou-se com a sugestão russa e instou a Síria «a aceitar as propostas».
A Síria já saudou a proposta russa, mas não se pronunciou sobre a questão de fundo.
«A Síria saúda a iniciativa russa, com base na preocupação dos dirigentes russos com a vida dos nossos cidadãos e a segurança do nosso país», declarou em Moscovo o chefe da diplomacia síria, Walid Mouallem, citado pelas agências russas.