No dia em que a Comissão Europeia avançou com uma proposta para lidar com urgência com a situação dos imigrantes clandestinos no sul da Europa, Ban Ki Moon reuniu-se com o presidente da Comissão Europeia. O secretário-geral da ONU pede que esta solidariedade internacional seja mais vastas que a Europa.
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Ban Ki-Moon saúda a proposta de Bruxelas para o acolhimento de refugiados mas o secretário-geral da Nações Unidas entende que a solidariedade não pode ficar-se apenas pela Europa.
«Precisamos de ter solidariedade internacional, para encarar esta questão. Precisamos de alargar qualquer meio legal para que as pessoas possam seguir um caminho normal para a migração, para procurarem por melhores oportunidades» defendeu Ban Ki-Moon perante os jornalistas após a reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Quanto à operação militar no Mediterrâneo, Ban Ki-Moon reitera as preocupações e considera que devem existir vias alternativas à destruição das embarcações de pesca, também utilizadas no tráfico de pessoas, dadas as consequências que pode haver para as populações.
O secretário-geral da ONU entende que devem existir mais esforço para os salvamentos no mar. O secretário-geral das Nações Unidas apelou ainda à solidariedade mundial para o acolhimento de migrantes.
Teresa Tito de Morais, a presidente do Conselho Português para os Refugiados, admite que o desafio vai ser grande mas sublinha que Portugal, tal como os outros países europeus, tem a obrigação de acolher os refugiados.
Teresa Tito de Morais diz também que tem de haver coordenação e trabalho com as zonas do país para onde os migrantes forem enviados.
Ouvida pela TSF, Teresa Tito de Morais afirma que este é um trabalho que tem de ser desenvolvido por várias entidades e que não pode ser apenas o Centro Português para os Refugiados a dar albergue a estas pessoas.