Bana Alabed, a menina síria de sete anos que mantém um diário na internet, perdeu a casa onde sempre viveu. Ela é uma das muitas crianças que vivem na zona de Alepo alvo de constantes bombardeamentos.
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Em outubro falámos-lhe desta criança que, com a mãe, mantém um diário no Twitter onde vão descrevendo a situação na cidade.
Nas últimas 24 horas a situação agravou-se e o tom de desespero aumentou. Há pouco menos de um dia a mãe de Bana escreveu no Twitter que o exército entrou no bairro onde vivem e e que estas podiam ser as últimas palavras que escrevia para o exterior. A internet começa a faltar e Fatemah pediu "por favor, por favor, por favor, rezem por nós."
Pouco depois voltou a escrever dizendo que estavam debaixo de um intenso bombardeamento e que já não conseguiam aguentar e que não lhes permitiam continuar a viver.
Pede que se morrerem se continue a falar das 200 mil pessoas que continuam dentro de Alepo e despede-se com um "ADEUS".
Seis horas depois, a família colocou na internet uma fotografia de Bana coberta de pó, a camisola e o casaco vermelhos perderam a cor, mas ainda se veem símbolos de neve.
Os cabelos estão desgrenhados e os olhos presos ao chão refletem toda a tristeza do momento. A mão segura o rosto sujo e que denota um cansaço impróprio para quem tem sete anos. É ela que escreve desta vez e conta que ficaram sem casa. O prédio foi bombardeado e ela ficou entre os escombros. Acrescenta que viu mortos e quase morreu.
Já esta manhã, de novo Bana e de novo para dar conta dos intensos bombardeamentos. Diz que está entre a vida e a morte e pede para rezarmos por ela.