O Presidente dos Estados Unidos está convencido de que o acordo assinado entre o Irão e 6 potências mundiais, é fundamental para a paz no Médio Oriente.
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Barack Obama fez uma declaração, ao início da tarde, na Casa Branca. Uma intervenção em que deixou a garantia de que o caminho para que o Irão possa construir uma bomba nuclear, já não existe.
Barack Obama considera que, "sem este acordo, outros países do Médio Oriente, poderiam sentir-se incentivados a continuar com programas nucleares próprios. E isso iria agravar a ameaça de corrida às armas, na zona mais volátil do mundo".
O chefe de estado norte-americano assegura que o Irão fica "proibido" de produzir plutónio e urânio enriquecido, fundamentais para a construção de uma arma nuclear, e boa parte da maquinaria utilizada no processo, vai ser desativada Obama concretiza que o Irão vai "desfazer-se de dois terços do equipamento (..) esse material vai ficar armazenado sob vigilância internacional constante. O Irão não vai usar a maquinaria muito avançada de que dispõe, para produzir urânio enriquecido, durante a próxima década. Vai também prescindir de 98% das reservas atuais". O presidente dos Estados Unidos diz que o stock iraniano de urânio enriquecido é, atualmente, "suficiente para produzir dez armas nucleares".
Barack Obama não clarifica o que acontece às instalações nucleares iranianas, os chamados "locais suspeitos", mas diz que o acesso dos inspetores é praticamente ilimitado. Afirma o presidente norte-americano que "os inspetores vão ter acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana, às instalações nucleares mais importantes vão poder verificar toda a cadeia de fornecimento, as minas de urânio, os locais onde é feita a transformação e também os edifícios onde os materiais são processados e armazenados". Por isso, considera Obama, a "base deste acordo não é apenas a confiança, é a verificação".
O presidente dos Estados Unidos sublinha que todas as exigências norte-americana foram atendidas. Obama espera do Congresso uma "discussão robusta" e um "escrutínio detalhado", mas acentua que "os interesses do país e dos aliados em matéria de segurança, ficam salvaguardados". Daí o aviso: não hesitará em "vetar qualquer lei que evite a implementação bem sucedida do acordo".