O presidente dos EUA, Barack Obama, vetou hoje uma lei, aprovada pela maioria republicana no Congresso, que autoriza a construção do oleoduto Keystone XL entre o Canadá e os Estados Unidos.
Corpo do artigo
Ao usar o veto, Obama quer conservar o seu poder de decisão neste projeto controverso, designadamente por razões ambientais, sobre o qual ainda não se pronunciou em termos de substância.
As associações ambientalistas e numerosos eleitos democratas consideraram que o projeto contraria a luta contra as alterações climáticas e preveniram para os riscos de derrames colocados pelo oleoduto.
Os republicanos, apoiados pelo governo conservador canadiano de Stephen Harper, elogiaram o potencial de criação de emprego da obra, o reforço da independência energética dos EUA e a segurança do transporte por oleoduto em vez de ferrovia.
Este foi o primeiro veto de Obama desde que os republicanos conseguiram o controlo total do Congresso em janeiro e apenas o seu terceiro desde que chegou à Casa Branca, em 2009.
Os republicanos têm a possibilidade de organizar uma nova votação, mas precisariam de uma maioria de dois terços, o que significaria o apoio de vários democratas, o que visto como uma hipótese improvável.
O operador TransCanada apresentou em 2008, e depois em 2012, uma licença para construir o oleoduto Keystone XL para transportar petróleo bruto extraído das areias betuminosas de Alberta, no oeste do Canadá, até ao Estado do Nebrasca, no centro dos EUA, de onde pode alcançar as refinarias no Golfo do México, através da rede existente de oleodutos. Este oleoduto seria de facto o reforço do oleoduto Keystone e permitiria aumentar em 40% a sua capacidade de transporte.