Barco de ativistas que tentava chegar a Gaza foi intercetado pelo Exército israelita: "Não esperávamos outro fim"
"Por favor, revoltem-se todos por Gaza e lutem pela segurança dos nossos voluntários que estão a ser raptados neste momento. As IDF bloquearam as ligações. Já não há ligação. Pressionem os vossos Governos", apelam os ativistas
Corpo do artigo
O grupo de ativistas do Freedom Flotilla anunciou este sábado, pelas 21h30, que a embarcação que seguia para a Faixa de Gaza foi intercetada pelo Exército israelita.
"Por favor, revoltem-se todos por Gaza e lutem pela segurança dos nossos voluntários que estão a ser raptados neste momento. As IDF bloquearam as ligações. Já não há ligação. Pressionem os vossos Governos", apelam os ativistas, numa live no Youtube, vista por 14 mil pessoas.
Em declarações à TSF, Sandra Barrilaro, dirigente da organização espanhola Rumbo a Gaza, parceira da Fredom Fronttilla, confirma que o barco, com 21 pessoas a bordo — 19 ativistas e 2 jornalistas —, foi intercetado pelo Exército israelita a 40 milhas (cerca de 64 quilómetros) da costa da Faixa de Gaza.
A associação perdeu o contacto com a embarcação, pelo que agora não se sabe do paradeiro dos passageiros ou em que situação se encontram.
A ativista entende que a sociedade civil vive um momento de "impotência", porque os Governos pouco ou nada fazem para pôr fim ao "genocídio" no enclave palestiniano. "Israel está a cometer um genocídio e os nossos Executivos são incapazes de pará-los, porque não há vontade política para realmente fazê-lo", denuncia.
"Não esperávamos outro fim, porque foi sempre assim. O Flonttilla foi sempre intercetado em água internacionais, em violação do direito internacional. As pessoas a bordo foram todas sequestradas e depois foram detidas. Agora vamos ver como vai acontecer tudo isto", atira.
Este sábado que um barco de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza estava a aproximar-se do território e planeava desembarcar na manhã deste domingo, desafiando o bloqueio israelita.
O navio, chamado Handala em homenagem a uma popular personagem de banda desenhada palestiniana, estava a apenas 70 milhas náuticas (130 quilómetros) do seu destino, disseram os organizadores - mais perto de Gaza do que o seu antecessor, o Madleen, estava quando foi intercetado em junho.
