Durão Barroso avisa que cabe ao povo grego decidir se quer que a Grécia continue a trabalhar com as instituições europeias, definindo as futuras eleições legislativas no país como «históricas».
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«É importante que os cidadãos gregos tomem as suas decisões completamente informados das suas consequências. Respeitaremos a decisão democrática do povo grego, mas todos devem estar alerta que há outros 16 Estados-membros na zona euro, e as decisões democráticas da zona euro devem ser tidas em conta», declarou Barroso em conferência de imprensa em Bruxelas.
Lembrando que a Grécia é «parte muito importante da família» europeia e do espaço monetário único, o presidente do executivo comunitário reconheceu que a situação atual de Atenas «pede muito aos cidadãos gregos».
No entanto, advertiu, o segundo pacote de ajuda internacional ao país, recentemente fechado, é opção «menos difícil» para o país de entre «todas as alternativas».
«O programa [de resgate] oferece solidariedade e apoio em troca de reformas estruturais, acesso a dinheiro que não existiria de outra forma. Qualquer outra opção seria mais dolorosa», concretizou Durão Barroso.
As novas eleições legislativas na Grécia realizam-se a 17 de junho, indicou hoje a agência noticiosa grega ANA.
«As eleições legislativas vão realizar-se a 17 de junho com um primeiro-ministro em exercício, o presidente do Conselho de Estado Panayiotis Pikramenos», acrescentou a ANA.
Estas eleições, as segundas em pouco menos de dois meses, são particularmente cruciais para o país dada a subida da esquerda e dos partidos extremistas e contra as medidas de austeridade, que contestam o plano de ajuda internacional à Grécia elaborado pelos credores do país: União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).