Durão Barroso lamenta que o facto de ter ido para o Goldman Sachs levante questões de integridade e considera que as alegações que têm sido levantadas são completamente infundadas.
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Numa carta em que responde às críticas do presidente da Comissão Europeia, à qual a TSF teve acesso, Barroso lembra que embora respeite que todos têm direito à opinião, "as regras são claras e devem ser respeitadas".
Para Durão Barroso, as acusações de que está a ser alvo são "discriminatórias" e inconsistentes, para ele e para o Goldman Sachs.
A carta de Barroso surge depois de Jean-Claude Juncker ter pedido à comissão de ética para examinar, de novo, o contrato que o antigo presidente da Comissão Europeia tem com o banco de investimento norte-americano.
Durão Barroso sublinha que, embora não tenha, por princípio, qualquer objeção a uma análise pelo comité de ética, ficaria preocupado se uma decisão sobre o seu estatuto "já tiver sido tomada".
"Se for este o caso, gostaria de entender como é que esta decisão foi tomada, por quem, e com que base", escreve o ex-presidente da Comissão, que reforça que "não só essas ações são discriminatórias, como parecem ser inconsistentes com decisão tomadas relativamente a outros antigos membros da Comissão".
O administrador não executivo da Goldman Sachs garante que nunca procurou "ter uma posição privilegiada mas não esperava ser discriminado", afirma.