O presidente da Comissão Europeia classificou no sábado o tiroteio em frente ao Museu Judaico, que fez três mortos e um ferido, como um ataque «contra os valores da Europa» e mostrou-se «profundamente chocado».
Corpo do artigo
«A notícia do violento tiroteio que tirou a vida a três pessoas inocentes esta tarde no centro de Bruxelas em frente ao Museu Judaico chocou-me profundamente», declarou Durão Barroso.
«Condeno veementemente o facto de esta terrível artilharia ter sido dirigida contra um símbolo religioso no coração da capital europeia", acrescentou, sublinhando que este é um ataque contra os valores da Europa, que não podemos tolerar».
Segundo uma fonte dos bombeiros citada pela agência France Presse, um homem, que chegou de carro, entrou no museu e começou a disparar, pondo-se em fuga de imediato.
De acordo com media belgas, o tiroteio ocorreu às 15:50 (14:50 em Lisboa).
As coleções do Museu Judaico da Bélgica refletem a vida e a história das populações judaicas da Holanda e da Bélgica desde o século XVIII.
O museu está situado num dos bairros mais turísticos da capital belga, o Sablon, conhecido pelas galerias de arte e antiquários.
No seguimento do tiroteio, as autoridades da Bélgica aumentaram o nível de alerta terrorista no país.
A ministra do Interior, Joelle Milquet, disse à cadeia televisiva RTL-TVI que o organismo encarregado de avaliar a ameaça terrorista no país aumentou o nível de alerta para quatro, numa escala de cinco.
Indicou ainda que foi reforçado o nível de segurança junto à sinagoga de Bruxelas e de outros edifícios judeus da capital belga.
O primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, declarou à imprensa que a Bélgica está «unida e solidária face a este ataque odioso num local cultural judeu».
Elio Di Rupo assegurou que tudo está a ser feito para «identificar e prender o autor ou autores desta tragédia».
No domingo, realizam-se eleições legislativas, regionais e europeias na Bélgica.