Base das Lajes recebe mais aviões dos EUA, Trump admite antecipar decisão e Putin preocupado com terceira guerra mundial
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis. Acompanhe os últimos desenvolvimentos com a TSF
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse hoje que poderá decidir se os Estados Unidos intervirão diretamente na guerra Irão e Israel antes de expirar o prazo de duas semanas, e desvalorizou os esforços diplomáticos europeus.
Depois de na quinta-feira ter dado duas semanas a Teerão para negociar antes de decidir sobre uma possível intervenção militar norte-americana ao lado de Israel, Trump disse hoje que este prazo era um "máximo", e que poderá tomar a sua decisão antes.
Questionado sobre a possibilidade de os iranianos exigirem o fim dos ataques israelitas como pré-requisito para qualquer negociação, Trump disse que tal é "muito difícil”.
"Quando alguém está a ganhar, é um pouco mais difícil do que quando alguém está a perder", acrescentou.
O Governo iraniano manifestou hoje disponibilidade para voltar ao diálogo sobre o seu programa nuclear se Israel cessar os seus ataques, após um encontro em Genebra, na Suíça, com as diplomacias britânica, francesa e alemã.
Boa noite! Leia aqui um resumo dos desenvolvimentos desta sexta-feira no conflito do Médio Oriente.
- <p>A Base das Lajes, nos Açores, já recebeu 20 aeronaves norte-americanas que servem para reabastecer aviões de combate. O antigo piloto e especialista em aviação José Correia Guedes adianta à <strong data-mce-fragment="1">TSF </strong>que a última vez que a ilha Terceira viu tanta movimentação neste âmbito "foi durante a guerra do Iraque".</p>
- <p>O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse hoje que poderá decidir se os Estados Unidos intervirão diretamente na guerra Irão e Israel antes de expirar o prazo de duas semanas, e desvalorizou os esforços diplomáticos europeus.</p>
- <p>Um sismo de magnitude 5,2 foi registado esta sexta-feira no Irão, na região central de Semnan, sem relatos de danos ou vítimas até ao momento.</p>
- <p>O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje estar "muito preocupado" com a possibilidade de uma terceira guerra mundial devido aos conflitos no Irão e na Ucrânia e, ao mesmo tempo, que reivindicou a posse deste país vizinho.</p>
- <p>Israel lançou<strong> novos ataques contra o Irão </strong>durante a noite, incluindo um contra a sede da Organização de Pesquisa e Inovação em Defesa (SPND), uma agência do Ministério da Defesa iraniano encarregada de desenvolver tecnologias emergentes para fins militares. Além dos ataques, <strong>Israel deixou um aviso ao Hezbollah:</strong> "Tenham cuidado e compreendam que Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam."</p>
- <p>Três paramédicos foram mortos num ataque israelita a uma ambulância em Teerão, informou o Governo iraniano, que se referiu a um "assassínio deliberado" e uma violação do direito internacional humanitário.</p>
- <p>O grupo islamita palestiniano Hamas manifestou admitiu <strong>libertar todos os reféns na Faixa de Gaza</strong>, se houver garantias do fim da "guerra genocida" contra o enclave de que acusa Israel. Sobre outra frente de guerra, o Hamas voltou a condenar a ofensiva israelita contra território iraniano, dizendo que "a agressão contra o Irão é uma agressão contra todos, e os povos livres do mundo devem enfrentá-la".</p>
- <p>França, Alemanha e Reino Unido vão apresentar em Genebra uma “proposta de negociação global” ao Irão, incluindo questões nucleares, atividades balísticas e o financiamento de grupos terroristas na região.</p>
- <p> <strong>Zelensky acusou a Rússia de tentar salvar o programa de armamento nuclear iraniano,</strong> depois de Moscovo ter condenado os ataques israelitas às centrais nucleares iranianas. O Presidente ucraniano acrescentou que a Rússia está a tentar intervir na crise do Médio Oriente porque "um dos cúmplices" está a perder a capacidade de exportar a guerra, referindo-se ao Irão.</p>
Um sismo de magnitude 5,2 foi registado esta sexta-feira no Irão, na região central de Semnan, sem relatos de danos ou vítimas até ao momento.
O tremor ocorreu por volta das 21h30 locais (19h00 de Lisboa) e foi sentido nas cidades de Qom e Teerão, informou a Press TV.
O Irão é altamente sísmico e regista tremores com regularidade.
Os sismos mais graves até à data ocorreram em dezembro de 2003 e junho de 1990, quando morreram 31 mil e 37 mil pessoas, respetivamente.
Em novembro de 2017, um sismo de magnitude 7,3 provocou 620 mortos e mais de 12 mil feridos na província de Kermanshah, no noroeste do país.
O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje estar "muito preocupado" com a possibilidade de uma terceira guerra mundial devido aos conflitos no Irão e na Ucrânia e, ao mesmo tempo, que reivindicou a posse deste país vizinho.
"Estou preocupado. Digo isto sem ironia ou brincadeira. Há um grande potencial de conflito que está a crescer (...). O conflito que estamos a viver na Ucrânia, o que está a acontecer no Médio Oriente e, claro, estamos muito preocupados com o que está a acontecer em torno das instalações nucleares do Irão", declarou o líder russo durante o Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
Numa intervenção transmitida em direto pela televisão russa, Vladimir Putin comentou que todos estes conflitos exigem não só a atenção do Kremlin, “mas também a procura de soluções, de decisões, de preferência por meios pacíficos”.
Em relação ao seu aliado Irão, Putin disse que Moscovo cumpre todos os seus compromissos com a República Islâmica, mas afastou o envolvimento russo ao lado de Teerão na guerra iniciada por ataques israelitas em grande escala desde 13 de junho, justificados por Telavive com a necessidade de parar o programa nuclear iraniano.
"Sempre cumprimos os nossos compromissos, e o mesmo se aplica às relações russo-iranianas. Apoiamos o Irão na luta pelos seus interesses legítimos, incluindo a sua luta por um programa nuclear pacífico", sustentou, criticando aqueles que o acusam de não ter feito o que estava ao seu alcance para apoiar o Irão.
"O que mais deveríamos fazer? Iniciar algum tipo de operação militar, ou quê?", questionou Putin, acrescentando que o Kremlin "tem as suas próprias operações militares contra aqueles que considera inimigos das ideias que defende e contra aqueles que representam ameaças à Rússia".
O Presidente russo afirmou que não procura o papel de mediador no conflito entre Israel e o Irão, mas está "simplesmente a propor ideias" para resolver a situação.
A Base das Lajes, nos Açores, já recebeu 20 aeronaves norte-americanas que servem para reabastecer aviões de combate. O antigo piloto e especialista em aviação José Correia Guedes adianta à TSF que a última vez que a ilha Terceira viu tanta movimentação neste âmbito "foi durante a guerra do Iraque".
José Correia Guedes explica que antes destes aviões, que chegaram na quinta e esta sexta-feira, já 32 tinham sido distribuídos por várias bases na Europa.
Avança ainda a que as aeronaves na Base das Lajes são versões militares de aviões civis transformados em aviões-tanque.
"Estes aviões têm autonomia mais do que suficiente para atravessar o Atlântico e chegar a qualquer ponto da Europa sem abastecer. Se eles estão estacionados nas Lages, provavelmente é porque esperam clientes", esclarece.
O secretário-geral da ONU pediu hoje que seja dada uma "oportunidade à paz" no conflito entre Israel e o Irão, frisando que a direção tomada pelas partes poderá moldar não só o destino das nações, como da humanidade.
"Já não estamos a caminhar em direção à crise - estamos a correr em direção a ela", alertou António Guterres perante os últimos acontecimentos, numa intervenção durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para abordar o conflito israelo-iraniano.
"Há momentos em que as escolhas que temos diante de nós não são apenas consequentes, são definidoras. Momentos em que a direção tomada irá moldar não só o destino das nações, mas potencialmente o nosso futuro coletivo. Este é um desses momentos", sublinhou.
A base das Lajes, nos Açores, recebeu 12 aviões reabastecedores da Força Aérea norte-americana, mas fontes do departamento de Defesa dos Estados Unidos não comentam se a presença destas aeronaves está relacionada com a situação no Médio Oriente.
Na quinta-feira, estavam na base das Lajes oito aeronaves de reabastecimento aéreo da Força Aérea norte-americana, segundo fotografias divulgadas numa página nas redes sociais dedicada à aviação nos Açores.
Segundo a Lusa constatou no local, hoje estão 12 aeronaves de reabastecimento aéreo na infraestrutura.
Questionada sobre a presença destas aeronaves nas Lajes, fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) disse apenas que “o Comando Europeu dos EUA acolhe habitualmente aviões militares (e pessoal) dos EUA em regime transitório, em conformidade com acordos de acesso a bases e sobrevoo com aliados e parceiros”.
“Para além disso, não temos mais nada a partilhar”, acrescentou.
A Lusa perguntou se era habitual a presença deste número de aeronaves nas Lajes e se estava relacionado com a situação no Médio Oriente.
Questionou também se estava previsto um aumento de movimento de aeronaves militares na base das Lajes.
Na quarta-feira, a Lusa já tinha questionado o Departamento de Defesa dos EUA sobre um possível reforço da atividade militar nas Lajes, devido à situação no Médio Oriente, mas foi dito apenas que naquele dia não havia alterações a anunciar.
Um europeu foi detido por suspeita de espionagem no sudoeste do Irão, revelaram as autoridades, sem especificar a nacionalidade do suspeito.
Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas no porto de Haifa, no norte de Israel, na sequência dos mísseis disparados pelo Irão. Um porta-voz do hospital Rambam, citado pela agência de notícias France-Presse, revelou ainda que uma das pessoas está em estado grave.
A meio do dia, fazemos um ponto de situação dos últimos desenvolvimentos no conflito do Médio Oriente.
- <p>Israel lançou<strong> novos ataques contra o Irão </strong>durante a noite, incluindo um contra a sede da Organização de Pesquisa e Inovação em Defesa (SPND), uma agência do Ministério da Defesa iraniano encarregada de desenvolver tecnologias emergentes para fins militares. Além dos ataques, <strong>Israel deixou um aviso ao Hezbollah:</strong> "Tenham cuidado e compreendam que Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam."</p>
- <p>Três paramédicos foram mortos num ataque israelita a uma ambulância em Teerão, informou o Governo iraniano, que se referiu a um "assassínio deliberado" e uma violação do direito internacional humanitário.</p>
- <p>O grupo islamita palestiniano Hamas manifestou admitiu <strong>libertar todos os reféns na Faixa de Gaza</strong>, se houver garantias do fim da "guerra genocida" contra o enclave de que acusa Israel. Sobre outra frente de guerra, o Hamas voltou a condenar a ofensiva israelita contra território iraniano, dizendo que "a agressão contra o Irão é uma agressão contra todos, e os povos livres do mundo devem enfrentá-la".</p>
- <p>França, Alemanha e Reino Unido vão apresentar em Genebra uma “proposta de negociação global” ao Irão, incluindo questões nucleares, atividades balísticas e o financiamento de grupos terroristas na região.</p>
- <p> <strong>Zelensky acusou a Rússia de tentar salvar o programa de armamento nuclear iraniano,</strong> depois de Moscovo ter condenado os ataques israelitas às centrais nucleares iranianas. O Presidente ucraniano acrescentou que a Rússia está a tentar intervir na crise do Médio Oriente porque "um dos cúmplices" está a perder a capacidade de exportar a guerra, referindo-se ao Irão.</p>
Bom dia! Acompanhe, através deste liveblog, a situação no Médio Oriente.
O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, excluiu esta sexta-feira qualquer qualquer negociação com os Estados Unidos enquanto Israel continuar a atacar o Irão.
As declarações de Araghchi foram transmitidas esta sexta-feira pela televisão estatal iraniana.
Abbas Araghchi reconheceu que os Estados Unidos enviaram repetidamente mensagens a apelar às negociações.
Mesmo assim, o Irão manifestou que enquanto a agressão não parar, não vai "haver espaço" para a diplomacia e para o diálogo.
O Conselho de Segurança da ONU realiza esta sexta-feira uma nova reunião dedicada à guerra entre Israel e o Irão, num momento em que os Estados Unidos estão a ponderar o seu envolvimento militar no conflito.
A reunião foi solicitada por Teerão, um pedido que contou com o apoio da Rússia, da China e do Paquistão.
Presidido este mês pela Guiana, o Conselho de Segurança da ONU já tinha realizado uma reunião de emergência na semana passada, logo após Israel ter atacado o Irão.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
Desde então, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares iranianas, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares.
O Irão, que nega o desenvolvimento de armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e drones contra várias cidades israelitas, incluindo Telavive e Jerusalém.
O exército israelita anunciou esta sexta-feira que voltou a bombardear a sede da Organização de Pesquisa e Inovação em Defesa (SPND), uma agência do Ministério da Defesa iraniano encarregada de desenvolver tecnologias emergentes para fins militares.
De acordo com um comunicado militar, as forças israelitas também atacaram “dezenas” de alvos militares no Irão, incluindo várias instalações de fabrico de mísseis nos arredores de Teerão.
“Estas instalações foram desenvolvidas ao longo de muitos anos e têm funcionado como um centro industrial fundamental para o Ministério da Defesa iraniano”, refere o comunicado.
