Estudantes de enfermagem estão de quarentena nas cidades de Aalst e Lovaine.
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A Bélgica detetou esta quinta-feira, pela primeira vez, a variante indiana da Covid-19 num grupo de estudantes que chegou este mês da Índia através de um aeroporto parisiense, informou uma fonte oficial nesta quinta-feira (22). Os serviços de Pedro Facon, comissário do governo belga encarregado da crise sanitária, confirmaram à AFP as informações veiculadas por meios de comunicação belgas.
Vinte estudantes indianos testaram positivo para a variante e foram colocados em quarentena nas cidades flamencas de Aalst e Lovaine, onde estão desde meados de abril para estudar enfermagem.
De acordo com vários especialistas, um "supercontagiador" pode ter infetado o grupo durante a viagem de autocarro que efetuou Paris e a Bélgica.
"Estes estudantes estão num isolamento restrito desde que chegaram. Vinte dos 43 estudantes estão infetados, à data, pela variante indiana", escreveu no Twitter o microbiologista Emmanuel André, da Universidade Católica de Lovaine.
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O virologista Marc Van Ranst explicou que o grupo aterrou no aeroporto de Roissy, nos arredores de Paris, em 12 de abril e que, cinco dias depois, vários estudantes adoeceram com sintomas do vírus.
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Os exames realizados permitiram detetar a presença da variante indiana, já identificada no Reino Unido. Esta variante, denominada B.1.617, foi detetada no oeste da Índia em outubro e é qualificada como tendo uma "mutação dupla" porque contém duas mutações potencialmente preocupantes, relativas à proteína que permite que o SARS-CoV-2 entre no organismo humano.