Na China comemora-se esta quinta-feira o virar do ano.
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O 31 de dezembro é a data associada à viragem do ano na grande parte do globo. No entanto, na China isso não é bem assim.
A passagem do ano não tem dia fixo já que o calendário chinês se baseia nos ciclos da lua. Segundo a professora de língua e cultura chinesa da Universidade de Aveiro, Wang Suoying, "O calendário lunar é conforme as fases da lua, [logo] o início do ano novo chinês é variável. A lua dá uma volta, e isso corresponde a um mês."
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Este ano, em Pequim, 900 mil civis juntam-se aos 200 mil polícias que há na cidade para manter a ordem e a segurança durante as festividades. Em números, há um efetivo por cada 20 cidadãos da capital chinesa.
Para Wang Suoying, "todos os cuidados são poucos, é um país com muita gente a festejar no mesmo sítio" e, por esse motivo, a segurança tem de ser redobrada. "Os chineses têm hábito de fazer muito barulho nesta época para afugentar os demónios, e com tanta gente que anda na rua nem é preciso andar, a corrente empurra [as pessoas]", acrescenta.
As celebrações do ano novo já começaram há alguns dias, o governo chinês concede sete dias de feriados para comemorar e os festejos só terminam duas semanas após a noite de hoje. "O ano novo chinês é a maior festa tradicional na China. Todo o povo comemora, valoriza", conta Wang Suoying.
O país para, e quem não para porque tem de trabalhar recebe o triplo do salário.
A maior migração humana do mundo acontece agora, altura em que milhões de pessoas visitam o local onde nasceram para desejar um bom ano aos familiares.