Em causa está a publicação de escutas telefónicas do processo de aquisição do banco BNL pela seguradora Unipol num jornal propriedade do irmão, Paolo.
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Berlusconi, que também tem marcados para este mês os veredictos dos processos em que é acusado de fraude fiscal (Mediaset) e de prostituição de menor e abuso de poder (Rubygate), pode recorrer da decisão hoje anunciada.
Berlusconi foi julgado pela publicação ilegal, em finais de 2005, no Il Giornale, da transcrição de uma conversa telefónica entre o então líder da esquerda, Piero Fassino, e o presidente da Unipol, Giovani Consorte, quando a instituição financeira lançou uma OPA ao banco BNL.
Na conversa, Fassino dizia a Consorte: "Agora temos um banco".
Segundo a acusação, a decisão de publicar a escuta foi tomada num encontro entre Berlusconi e o irmão, Paolo, dono do Il Giornale, a 24 de dezembro em Arcore, a residência do ex-primeiro-ministro perto de Milão.
Paolo Berlusconi foi condenado a dois anos e três meses de prisão.
Segundo o Ministério Público, o caso é mais do que uma fuga de informação, porque visava prejudicar Fassino, "à época líder da oposição", a meses das eleições.
Os procuradores pediram ao tribunal que Berlusconi fosse condenado a um ano de prisão e Paolo, acusado de mais um crime, o de recetação, a três anos e três meses.