O primeiro-ministro italiano confirmou ter pedido ao FMI para monitorizar as contas de Roma e disse ter rejeitado apoio financeiro providenciado pela instituição de Washington.
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O governante italiano, que tem estado sob pressão de Bruxelas nos últimos meses para aplicar uma série de medidas de austeridade que coloquem sob controlo a dívida italiana, afirmou, no encerramento da cimeira do G20 em Cannes, França, que o país rejeitou uma oferta de ajuda financeira do FMI por «não ser necessária», citado pela agência France Press.
Por outro lado, Berlusconi confirmou o que tinha sido negado pelo seu próprio Governo de manhã, ou seja, que Roma efectuou um pedido de vigilância formal ao FMI para que este monitorize as medidas a implementar no âmbito orçamental.
A Itália é o maior mercado de dívida da zona euro (118,9 por cento do Produto Interno Bruto em 2010, segundo dados do FMI) e a terceira maior economia da região, tendo vindo a enfrentar juros no mercado secundário crescentemente elevados face aos títulos alemães.
A Itália pediu ao FMI para acompanhar as políticas económicas e orçamentais de Roma, confirmou hoje o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
As palavras de Barroso surgiram depois de fontes europeias citadas pela France Presse terem afirmado que a Itália tinha aceitado uma vigilância estrita dos compromissos assumidos por Roma para reduzir o défice público pelo FMI em conjunto com a Comissão Europeia.