O atual Presidente norte-americano recusa-se a aceitar a vitória eleitoral do adversário e quer levar o caso para tribunal.
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Joe Biden afirma que é "embaraçoso" o facto de Donald Trump se recusar a reconhecer a derrota nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América (EUA). O Presidente eleito quer avançar com a transição presidencial, mas tem-se deparado com a resistência de Trump e do Partido Republicano.
Esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, citadas pelo jornal The Guardian, Biden garantiu que a sua equipa vai "por mãos à obra" para responder à crise enfrentada pelos EUA, assim que chegar a Casa Branca, e defendeu que "a negação da derrota" não vai ajudar ao legado de Trump.
O atual Presidente em funções, Donald Trump, recusa-se a reconhecer os resultados das eleições presidenciais que tiveram lugar na última semana e que deram a vitória ao candidato democrata, Joe Biden. Trump alega que houve fraude eleitoral e contesta os resultados em vários estados norte-americanos.
Até que os serviços gerais da administração norte-americana reconheçam Biden como Presidente eleito, este não pode dar início às diligencias para a transição presidencial e para a transferência de poderes.
Biden afirma, no entanto, que este "atraso" não vem por em causa aquilo que a sua equipa será "capaz de fazer". O democrata reconhece que receber o briefing sobre a situação do país - que é tradicionalmente dado ao novo Presidente - "seria útil", mas garante que nada o irá "empatar".
Poucos republicanos reconheceram, até ao momento, Biden como o Presidente eleito, apesar de os líderes políticos de todo mundo - entre os quais Boris Jonhson, Emmanuel Macron, Angela Merkel e até Benjamin Netanyahu e Tayyip Erdoğan - já terem felicitado Joe Biden pela vitória.
"Já lhes fiz saber que a América está de volta", afirmou Joe Biden sobre as conversas que tem mantido com os aliados internacionais.
A 14 de dezembro, o colégio eleitoral irá reunir-se para nomear o novo Presidente dos Estados Unidos da América, pelo que Donald Trump tem apenas até lá para contestar na justiça os resultados das eleições e exigir a recontagem dos votos