O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia alegou que, ao impor sanções "a UE alienou" o país.
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Minsk anunciou que vai avançar com sanções à União Europeia, em resposta à medida do Executivo comunitário. A União Europeia posicionou-se esta sexta-feira contra a eleição presidencial de Alexander Lukashenko, que governa o país há mais de 25 anos.
"Em resposta às sanções a vistos, adotadas contra várias autoridades bielorrussas pela UE, o lado bielorrusso a partir de hoje vai apresentar uma lista de sanções recíprocas", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, em comunicado, citado pela AFP.
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Os líderes da UE aprovaram proibições de viagens e congelamento de bens a 40 membros do regime de Lukashenko, que consideraram responsáveis por uma fraude eleitoral a 9 de agosto, bem como por uma subsequente repressão violenta aos protestos por todo o país. Ao contrário do Reino Unido e do Canadá, que já tinham sancionado os oficiais bielorrussos, a UE não vai avançar com medidas penalizadoras contra Lukashenko.
Estas sanções, aplicadas a partir desta sexta-feira, congelam os bens na UE das pessoas em causa, que também estão proibidas de entrar no território da União.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia alegou que, ao impor sanções "a UE alienou" o país, e referiu-se à ação do bloco de 27 países como uma "medida punitiva".
A Rússia, aliada da Bielorrússia, criticou as penalizações da UE, descrevendo a medida como um sinal de fraqueza política. "Em geral, somos muito negativos sobre a política de sanções. Isso é mais uma manifestação de fraqueza do que de força", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas.