Michael Bloomberg e a fundação do casal Gates anunciaram hoje que vão patrocinar a defesa de Estados sem grandes recursos contra os processos movidos pela indústria do tabaco.
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Em conferência de imprensa, Michael Bloomberg, fez saber que a dotação do fundo é de 4 milhões de dólares.
«Pode não parecer muito, mas o que queremos é dar um sinal, marcar uma posição. E não se esqueçam de quem está por trás disto», como quem diz, que ele e Bill e Melinda Gates tem margem para abrir muito mais os cordões à bolsa.
Diga-se, a propósito, que o antigo presidente da câmara de Nova Iorque e filantropo destinou nos últimos seis anos quase 600 milhões de dólares para o combate ao tabaco.
O propósito do fundo é ajudar os países mais pobres a defenderem-se, ou acusarem em tribunal as companhias de tabaco quando estas tentam contestar por via judicial as leis contra o tabagismo desses Estados.
As companhias, servidas por grandes firmas de advogados, acenam com a violação de tratados de comércio assinados por esses países, ou com a ameaça de um longo e sobretudo dispendioso processo em tribunal.
A notícia do New York Times lembra que nos países em vias de desenvolvimento, o consumo de tabaco mais do que duplicou em trinta anos, de 1970 a 2000.
O aumento mais significativo aconteceu na China, mas também foi substancial no continente africano, onde as taxas de tabagismo costumavam ser baixas. Mais de três quartos dos fumadores vivem agora em países menos desenvolvidos.
Do lado da indústria, o jornal cita o comentário da Philip Morris que diz: «Os governos podem e devem honrar as obrigações que assumiram a nível internacional para o controlo do tabagismo, e este fundo pode garantir-lhes os recursos necessários para o fazer».
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