A Birmânia aprovou hoje a libertação de cerca de 70 presos de consciência, alguns dias depois de as autoridades terem prometido libertar todos os presos políticos até final do ano.
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O chefe de Estado birmanês, Thein Sein, já assinou a amnistia, disse o conselheiro presidencial Hla Maung Shwe do Centro da Paz de Myanmar (antiga Birmânia) à agência noticiosa francesa AFP.
Antes desta amnistia, o número total de presos políticos ainda nas prisões birmanesas rondava a centena.
Thein Sein anunciou, na semana passada, em Londres, que todos os presos políticos iriam ser libertados até ao final do ano e defendeu ainda ser possível alcançar um cessar-fogo com grupos étnicos dentro de semanas.
«Asseguro-vos que pelo final deste ano não haverá prisioneiros de consciência em Myanmar», afirmou o chefe de Estado.
«Muito provavelmente nas próximas semanas teremos um cessar-fogo nacional e as armas estarão em silêncio em todo o Myanmar (Birmânia) pela primeira vez em 60 anos», disse, indicando que se seguem «difíceis conversações» e que «duras promessas precisam de ser feitas».