A acusação do governo da Guiné-Bissau surge depois de Paulo Portas ter dito, em comunicado, que os problemas que o país enfrenta não podem ser resolvidos pela via militar.
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Num comunicado lido pelo ministro da comunicação do atual governo da Guiné-Bissau, o executivo guineense diz que Portugal, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e o ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, são promotores de uma tentativa de desestabilização para fazer cair o governo.
Antes disto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português tinha emitido um comunicado no qual dizia que «não há uma solução militar para os problemas com que a Guiné-Bissau se confronta».
O ministro Paulo Portas reagia assim ao ataque deste domingo, sublinhando que «apenas por um processo político será possível superar a atual situação de crise».
A TSF já tentou depois desta acusação do governo guineense ouvir uma reação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas até agora sem sucesso.
Recorde-se que, na última madrugada, houve um assalto a uma unidade de elite do exército guineense que causou seis mortos.
Depois de uma longa reunião com as chefias militares, a presidência revelou que quem liderou o assalto, que acabou falhado, foi um militar que terá estado ligado ao assassinato de Nino Vieira.