Bloqueio do Canal do Suez vê-se do Espaço. Retidos bens avaliados em 9600 milhões de dólares diários

Acumulação de embarcações no Canal do Suez
Agência Espacial Europeia
Há mais de 230 embarcações retidas no canal por onde circula mais de 10% do comércio marítimo mundial. A Agência Espacial Europeia mostra, em imagens obtidas a partir do Espaço, a extensão do bloqueio.
O bloqueio do Canal do Suez (Egito) por um porta-contentores encalhado há três dias está a provocar uma retenção de mercadorias avaliada em 9600 milhões de dólares diários (8100 milhões de euros), informou esta sexta-feira a Lloyd's List.
Esta publicação especializada, fundada em Londres em 1734, calcula que o tráfego até ao ocidente através deste Canal tem um valor diário de 5100 milhões de dólares (4322 milhões de euros) enquanto em direção a oriente está avaliado em 4500 milhões de dólares (3800 milhões de euros).
Pelo menos 237 navios, incluindo 24 petroleiros e 41 porta-contentores continuam a aguardar a possibilidade de cruzar o Canal, por onde circula mais de 10% do comércio marítimo mundial e 25% dos contentores, indicou a Lloyd's List. A Agência Espacial Europeia divulgou o contraste entre duas imagens, que espelha a dimensão do bloqueio do canal, a 25 de março.
#Suez canal traffic jam caught from space: ➡️ On the right we can see the enormous container ship #EverGiven (seen on...
Publicado por ESA - European Space Agency em Sexta-feira, 26 de março de 2021
O presidente da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, anunciou esta sexta-feira que os trabalhos para retirar a areia da proa do porta-contentores Ever Given", encalhado desde a passada terça-feira numa das margens após uma tempestade de areia, estão concluídos em 87%, após a retirada de cerca de 17 mil metros cúbicos de areia.
O porta-contentores da companhia taiwanesa Evergreen e com bandeira panamiana mede 400 metros de comprimento e tem uma capacidade para 224 mil toneladas de carga.
A autoridade, que na quinta-feira suspendeu temporariamente a navegação por via marítima, está a contar com o apoio da empresa japonesa Shoei Kisen, proprietária do barco, e da multinacional Bernhard Schulte Shipmanagement, gestora da mercadoria.
A autoridade gestora também informou que recebeu uma oferta dos Estados Unidos para ajudar nos trabalhos, apesar de os analistas preverem que as obras poderão prolongar-se por semanas.
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