A falha agora confirmada vai obrigar a reparações nos aviões já entregues. A situação da empresa agrava-se com mais um problema de fabrico.
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A Boeing confirmou esta terça-feira atrasos na entrega dos novos 787 Dreamliner depois de encontrar falhas no fabrico do novo modelo. O 787 Dreamliner deveria compensar os problemas da empresa com o 737 MAX, que está proibido de operar por falhas técnicas.
Os problemas foram detetados no estabilizador horizontal da cauda do avião. Uma situação que terá sido identificada no passado mês de fevereiro, mas só agora confirmado pela empresa. Estes casos podem levar ao envelhecimento prematuro das peças da aeronave, pelo que são necessárias reparações nos aviões já entregues.
A empresa diz que o problema pode afetar 893 dos quase mil aviões construídos, explica num comunicado assinado pelo porta-voz da Boeing, Peter Pedraza.
A agência federal de aviação dos Estados Unidos (Federal Aviation Administration - FAA) assumiu também esta segunda-feira que está investigar falhas no fabrico daquele modelo da Boeing, embora considera muito cedo para especular sobre as consequências desta falha, explica também em comunicado o porta-voz da FAA, Lynn Lunsford.
Por outro lado, as ações em bolsa da Boeing caíram esta terça-feira 5,8%.
Este é mais um problema a somar à situação da Boeing, depois dos problemas detetados no modelo 737 MAX. Sobre este avião, a Boeing confirmou também esta terça-feira que recebeu a primeira encomenda da aeronave em 2020, isto apesar de vários pedidos anteriores terem sido cancelados. Em agosto, foram canceladas 17 encomendas do avião que não tem atualmente autorização para circular em espaço aéreo internacional.