O antigo primeiro-ministro conservador búlgaro Boyko Borisov disse no domingo que vai tentar formar um governo minoritário e evitar a «bancarrota» do país, depois de o seu partido, de direita, ter vencido as eleições, embora com minoria.
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«Eu quero governar, em pessoa», disse o ex-guarda-costas e cinturão negro de karaté, qua vai chamar outros líderes do partido para pensarem «com cuidado», antes de se decidirem a trabalhar consigo.
«Estou pronto para assumir todos os riscos para governar o país. Peço aos líderes dos outros partidos para refletirem calmamente esta noite, para se manterem assim uns dias e não fazerem quaisquer declarações categóricas», disse.
A alternativa, acrescentou Borisov de forma dramática, seriam «novas eleições» e a «bancarrota» para o país mais pobre da União Europeia.
Nas eleições para o terceiro governo na Bulgária em menos de dois anos o partido de Borisov atingiu o primeiro lugar, com 33% dos votos, o que lhe garante apenas 82 a 90 assentos parlamentares dos 240 totais, quase quatro dezenas a menos do que os 121 necessários para uma maioria absoluta, que as sondagens à boca das urnas chegaram a apontar.
Em segundo lugar nas eleições de hoje ficaram os socialistas, com 15% dos votos, podendo garantir 36 a 42 lugares no parlmento, seguido do partido da minoria turca, MRF, que deverá conseguir eleger de 35 a 39 deputados. Ambos os partidos apoiaram o governo anterior, que entrou em colapso no passado mês de julho.
Os indicadores colocam a Bulgária no lugar do país mais pobre da União Europeia (UE), quase oito anos após a adesão. Acompanhado pela vizinha Roménia, a Bulgária, com 7,2 milhões de habitantes, tem-se confrontado com muitos escândalos de corrupção e sucessivas crises políticas, que parecem longe de uma solução.