Ex-presidente, presidente do seu partido, ex-ministros e militares foram alvo de uma operação policial que apura tentativa de abolição do estado democrático de direito após eleição de Lula
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Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal do Brasil esta quinta-feira, dia 8, que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022, após a eleição de Lula da Silva. Os agentes foram a uma das casas do ex-presidente, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e determinaram que ele entregasse o passaporte.
Como Bolsonaro alegou não o ter em casa, a polícia deu 24 horas para a entrega.
Em rápida entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro disse-se “alvo de uma perseguição implacável”.
A Operação Tempus Veritatis, “tempo da verdade” em latim, apura o estabelecimento de uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para a manutenção do então presidente no poder, após a eleição de Lula da Silva, em outubro de 2022.
O que baseia a operação é a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além de Bolsonaro, a polícia cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva contra Augusto Heleno e Braga Netto, ambos generais, e Anderson Torres, todos ex-ministros muito próximos do anterior presidente.
O ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha também foram alvo, assim como Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro.