Chefe de Estado brasileiro afirma que o horário de verão não economiza energia no país, altera o relógio biológico e acaba por atrapalhar a economia.
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O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou na sexta-feira que deverá acabar com o horário de verão no país, já este ano, por questões económicas, avança a imprensa local.
"[O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque] trouxe um parecer 100% favorável ao fim do horário de verão. No parecer, [o horário de verão] não causa economia [de energia] para nós e mexe no relógio biológico, então atrapalha a economia, em parte. E só temos a ganhar, no meu entender, mantendo o horário como está", disse Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília, capital do país, citado pela agência Brasil.
O fim do horário de verão chegou a ser avaliado em 2017 pelo Governo do ex-presidente Michel Temer, quando o Ministério de Minas e Energia brasileiro anunciou que a poupança de energia tinha diminuído de 405 milhões de reais (cerca de 93 milhões de euros) para 159 milhões de reais (36,5 milhões de euros).
O motivo da descida na poupança de energia foi a mudança no perfil do seu uso, sendo que os picos de consumo estavam nas horas mais quentes do dia, devido à utilização do ar condicionado.
O horário de verão foi aplicado no Brasil em 1931 com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano. Desde então tem-se mantido.
Geralmente, o horário de verão no país sul-americano ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados uma hora, e vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Em 2018, o início de vigência do horário de verão teve de ser alterado para não coincidir com a data das eleições presidenciais.