No discurso do Presidente do Brasil serão divulgadas as ideias económicas do novo Governo brasileiro.
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Bolsonaro vai tentar usar o discurso inaugural do Fórum Económico Mundial, em Davos, para desviar atenções do caso de suposta corrupção envolvendo o seu filho mais velho, senador Flavio Bolsonaro.
Às crises internas, o Presidente do Brasil tenta responder com protagonismo no plano externo, beneficiando-se das ausências de Trump, Xi Jinping, Theresa May ou Emmanuel Macron.
E o discurso de Bolsonaro, onde serão divulgados os pilares da revolução em curso na economia brasileira, merecerá seguramente os aplausos de uma plateia ávida por liberalismo.
O pior é o resto: o capitão na reserva enfrentará a fama de retrógrado, acumulada ao longo de anos, e as ameaças de fazer o Brasil abandonar o acordo climático de Paris, porque a tal plateia ávida de ideias liberais na economia é também uma plateia comprometida com o ambiente.
Além de Bolsonaro, do seu terceiro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e do ministro da economia Paulo Guedes, outra presença notada na Suíça é a de Sergio Moro. O ex-juiz da Lava Jato, hoje ministro da justiça, tentará relacionar a corrupção com mau ambiente para os negócios.
Mas também ele tem espinhos no caminho: como defender o decreto presidencial que flexibilizou a aquisição e posse de armas no país?
Voltando ao Brasil, outra má notícia para Bolsonaro, além da crise em lume brando gerada pelo escândalo em torno do filho Flávio. Ao limitar a cinco reenvios as suas mensagens, o aplicativo Whatsapp pode comprometer a comunicação do governo, que se serviu, em campanha, e se serve agora, já no poder, dos milhares de disparos partilhados para fazer chegar a sua mensagem à população.