Bolsonaro defende que os cidadãos possam comprar armas sem grandes exigências. Quer mudar a lei ainda antes de tomar posse.
Corpo do artigo
Jair Bolsonaro diz que vai tentar mudar a lei das armas ainda este ano, mesmo antes da sua tomada de posse, em janeiro.
A liberalização das armas vai ajudar a diminuir a violência e criminalidade, reafirmou esta segunda-feira, o presidente eleito do Brasil, em entrevista à TV Record.
É preciso "abandonar o politicamente correto", defendeu. O possível risco de aumentar o número de pessoas armadas é comparável, diz, ao risco de deixar todos os cidadãos conduzir.
"Se for pensar dessa maneira, tem que proibir conduzir carros no Brasil. Quem quiser ter uma arma, tem que ser responsabilizado por ela. Quem quer fazer maldade não precisa comprar uma arma no mercado. E fácil adquiri-la no mercado paralelo."
"Mais do que garantir a vida, uma arma de fogo garante a liberdade do povo", reforçou.
No seu programa eleitoral, Bolsonaro fala das armas como "instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas". Tudo depende, escreve, "de quem as está segurando: pessoas boas ou más".
Por isso, Bolsonaro prometeu mexer no "Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à legitima defesa". Em entrevista à Band, em setembro último, Bolsonaro afirmou querer "dar posse de arma de fogo para o cidadão de bem, o porte, obviamente, com algum critério".
Em 2017, o novo presidente do Brasil falava assim sobre a sua "paixão pelas armas" e o seu uso para legítima defesa:
Yf-Rc3uJArA
"Povo armado jamais será escravizado". Se chegar ao Palácio do Planalto, prometia, "você, cidadão de bem vai ter isto em casa. Cartão de visita para invasor tem de ser cartuxo".
Nesta entrevista, Jair Bolsonaro revela ainda que vai convidar o juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro, para o ocupar o cargo de ministro da Justiça.