
Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil
Joedson Alves/EPA
Presidente do Brasil disse que escolas, transportes e comércio devem voltar à normalidade.
Corpo do artigo
Num discurso transmitido ao vivo pelas emissoras de televisão, Jair Bolsonaro reforçou que foi a imprensa quem espalhou a sensação de pavor na divulgação de informações sobre o novo coronavírus. E criticou os governadores estaduais do país pelas medidas de prevenção à disseminação do vírus.
O presidente do Brasil disse que escolas, transportes e comércio devem voltar à normalidade.
"Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fecho do comércio e o confinamento em massa", disse o presidente brasileiro.
11975171
"O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco são pessoas acima de 60 anos, então, por quê fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas com menos de 40 anos de idade", continuou.
O discurso contraria as recomendações das autoridades, incluindo as do ministro da Saúde do seu governo, Luiz Henrique Mandetta.
A meio da comunicação ao país, Bolsonaro voltou a referir-se à Covid-19 como "gripezinha".
Como vem sendo hábito desde a semana passada, enquanto o Presidente da República falava ouviram-se panelaços - protestos em massa das varandas de casa - nas principais cidades do Brasil.
O número de casos positivos do novo coronavírus no país ultrapassou esta terça-feira os dois mil - são 2201 infetados e 46 mortos, quase o dobro de há dois dias, informou o Ministério da Saúde brasileiro.