O rebentamento de uma bomba atingiu um autocarro de passageiros e matou, pelo menos, 11 pessoas, enquanto um ataque coordenado no leste do país levou a tiroteios com as tropas afegãs.
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O autocarro fazia a ligação entre a província de Herat e a capital, Cabul, quando foi atingido por uma bomba, perto da estrada, de acordo com Abdul Jabar Shahiq, chefe do departamento de saúde da Farah. De acordo com as autoridades, o ataque, na província ocidental de Farah, ocorreu no distrito de Bala Buluk e feriu 31 civis - incluindo mulheres e crianças.
Os detalhes do ataque no leste do país ainda estão incompletos, sabendo-se apenas que houve um ataque coordenado em Jalalabad, capital da província de Nangarhar, de acordo com as autoridades locais.
Zabihullah Zemarai, membro do Conselho Provincial, relatou que houve um primeiro carro-bomba - provavelmente com recurso a um suicida - perto do hospital e do departamento de saúde da cidade, seguindo-se um tiroteio.
Attahullah Khogyani, porta-voz do governador da província, acredita que o alvo seria o departamento provincial de refugiados e repatriação, localizado na mesma área,
Até ao momento, ninguém reclamou a autoria dos ataques.
O Daesh tem estado ativo em Nangarhar. Os talibãs também têm uma presença forte em Farah, especialmente em Bala Buluk , onde colocam, frequentemente, bombas perto da estrada.
Estes ataques, cujo primeiro objetivo é atingir oficiais do Governo ou as forças de segurança afegãs, atingem e matam civis de forma assídua.
Farah tem sido palco de fortes conflitos nos últimos meses, com o Governo local e os anciãos das tribos a pedir um reforço da presença policial na zona.
Em maio, cerca de 300 talibãs lançaram um ataque com várias frentes a Farah, matando, pelo menos, 25 elementos do exército.
O último relatório das Nações Unidas aponta que o número de civis mortos no Afeganistão no primeiro semestre do ano cresceu 1% em relação ao período homólogo de 2017, tendo-se registado 1.692 mortes violentas.
Desde o fim da presença da NATO e dos Estados Unidos da América no país, em 2014, que os talibãs aumentaram o número de ataques, tal como o DaeshI, cujos ataques tiraram a vida a dezenas de civis.