"Bomba meteorológica." Temporal deixa três regiões da Normandia e Bretanha sob alerta vermelho
Esperam-se chuvas fortes e ventos de 170 quilómetros por hora na próxima madrugada.
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Três regiões da Normandia e da Bretanha, em França, estão sob alerta vermelho por causa de um temporal que pode ser o pior desde o final do século passado.
O serviço francês de meteorologia, Météo-France, colocou os departamentos franceses de Finistère, Côtes-d'Armor e Manche sob alerta vermelho e outros quinze sob alerta laranja devido aos ventos fortes.
A tempestade Ciarán - que tem atingido Portugal nos últimos dias - promete chegar ao Norte de França muito mais forte, sendo esperadas chuvas fortes e ventos de 170 quilómetros por hora na próxima madrugada. No mar, as ondas podem chegar aos 10 metros de altura.
O Météo-France antecipa uma "tempestade de outono muito forte", mas, segundo o jornal Le Monde, há meteorologistas que lhe chamam "bomba meteorológica", comparando-a com o pior temporal de que há memória em França, quando, em dezembro de 1999, morreram 92 pessoas.
Em Portugal, a Autoridade Marítima Nacional e a Marinha alertaram para o agravamento da agitação marítima em Portugal continental a partir de quinta-feira e até domingo, prevendo-se ondulação que pode atingir os 17 metros de altura máxima.
São igualmente esperados ventos provenientes do quadrante noroeste, com uma intensidade média de até 85 quilómetros/hora e rajadas até 150 quilómetros/hora.
Na segunda-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revelou que a depressão Ciarán, que se desloca no Atlântico em direção a leste, deverá afetar Portugal continental e a Madeira a partir de quinta-feira, com vento e precipitação forte, principalmente no Norte e Centro.
O instituto prevê também que "um aumento muito relevante da agitação marítima no dia 2 na costa ocidental, onde as ondas deverão ser de noroeste e atingir cinco a sete metros de altura significativa, e com uma probabilidade elevada de ultrapassar os sete metros, nomeadamente a norte do Cabo Raso".
"Este episódio dever-se-á prolongar até dia 06 de novembro", estimou o IPMA.