Também este domingo, um drone israelita disparou contra cidadãos na zona de Zafarana, a leste do campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza
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Um bombardeamento da artilharia israelita no bairro de Shujaiya, no leste da cidade de Gaza, matou dois palestinianos e provocou vários feridos, avançou o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, citado pela agência EFE.
O ataque surge no meio de conversações indiretas entre o Hamas e Israel para prolongar o cessar-fogo entre as duas partes.
O Exército israelita, em comunicado, confirmou este domingo que atacou "vários terroristas", depois de os ter identificado a operar no norte de Gaza, perto das suas tropas, onde "tentavam colocar um engenho explosivo no solo".
Desde que o cessar-fogo entrou em vigor na Faixa de Gaza, em 19 de janeiro - e cuja primeira fase terminou há uma semana sem que se chegasse a acordo sobre a sua continuação -, as tropas israelitas, que permanecem estacionadas na zona tampão ao longo da fronteira de Gaza e no corredor de Filadélfia [na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito], mataram mais de uma centena de palestinianos, incluindo menores.
Também este domingo, um drone israelita disparou contra cidadãos na zona de Zafarana, a leste do campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, informou a agência noticiosa palestiniana Wafa. Não foram, ainda, reportadas vítimas deste ataque, segundo a EFE.
O receio de que o Governo de Benjamin Netanyahu ordene o recomeço da guerra, ou seja, bombardeamentos diários em todo o enclave em ruínas, tomou conta da população de Gaza, depois de constatar que ainda não há acordo sobre a continuação do cessar-fogo.
As negociações para a segunda fase, que já deveria estar em vigor de acordo com o texto original, ainda não produziram resultados, após a conclusão da primeira fase em que o Hamas libertou 33 reféns e as autoridades israelitas libertaram cerca de 1800 prisioneiros palestinianos.
O último balanço do conflito atualizado pelo Ministério da Saúde de Gaza, que não inclui estas duas últimas mortes, ascende a 48.453 mortos e 111.860 feridos, além de milhares de desaparecidos sob os escombros que ainda não foram resgatados.
