Pelo menos 60 rebeldes islamistas foram mortos na sequência dos ataques da última noite da aviação francesa no norte do Mali. Os extremistas islâmicos ameaçam atacar Paris.
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«Mais de sessenta islamitas foram mortos em Gao e nas suas bases situadas perto da cidade. Durante a noite, os islamitas que ficaram escondidos nas casas saíram para recolher os corpos dos camaradas», disse à AFP por telefone um habitante de Gao, cujo testemunho foi confirmado por outros habitantes e uma fonte da segurança regional.
A mesma fonte adiantou que a maioria das mortes ocorreu no campo de militares de Gao: «Os islamitas foram surpreendidos em plena reunião. Houve muitos mortos».
Declarando-se «em guerra contra o terrorismo» no Mali, a França bloqueou na sexta-feira o avanço dos grupos armados islamitas, que controlam o norte do Mali há nove meses, em direção ao centro do país, e bombardeou pela primeira vez no domingo as posições islamitas no norte, em Gao e Kidal, coração dos territórios rebeldes.
Na resposta aos bombardeamentos, os rebeldes islamitas que controlam o norte do Mali ameaçaram hoje «atacar o coração da França».
«A França atacou o Islão. Vamos atingir o coração da França. Em nome de Alá, vamos atacar o coração da França», disse Abou Dardar, um dos responsáveis do Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) contactado por telefone pela AFP.
Esta segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas vai discutir o conflito no Mali.
O pedido partiu de França que, na semana passada, decidiu levar a cabo uma ação militar no país africano, a pedido das autoridades de Bamako, com o objetivo de travar o avanço de radicais islamitas.
O Norte do Mali é controlado por vários grupos, entre os quais uma célula da Al-Qaeda. O governo de Paris justifica esta intervenção como um passo na luta contra o terrorismo.
Atualizada ao 12:41