O Estado norte-americano da Califórnia está a enfrentar uma enorme vaga de incêndios.
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Os milhares de bombeiros que combatem os numerosos incêndios na Califórnia estão com dificuldade em circunscrever os dois maiores, um deles em curso há quase três semanas e o outro, um dos que mais destruição causaram naquele Estado norte-americano.
De acordo com um balanço divulgado esta quinta-feira de manhã pelo serviço de bombeiros Calfire, o incêndio Carr destruiu quase 51.000 hectares desde que deflagrou, a 23 de julho, na sequência da "falha mecânica de um veículo".
Reduziu igualmente a cinzas 1.465 estruturas, incluindo mil habitações, o que o torna, neste momento, o sexto mais destruidor do Estado da costa oeste norte-americana.
Os mais de 4.200 bombeiros mobilizados -- dois dos quais morreram na semana passada -- conseguiram, até agora, circunscrever 35% do fogo que também já fez quatro vítimas civis.
"Na noite passada, o vento, o terreno escarpado e a seca complicaram o trabalho dos bombeiros", indicou a Calfire, prevendo "ventos fracos de sudeste para hoje, com condições climáticas quentes e secas".
O outro grande incêndio ainda por controlar é o incêndio Ferguson, que deflagrou a 13 de julho e, ao fim de quase três semanas, só estava esta manhã circunscrito em 39%, tendo já consumido 27.765 hectares, dos quais 2.300 só na noite de quarta-feira e madrugada de hoje.
"O sistema de altas pressões sobre o incêndio enfraqueceu durante a semana, resultando em condições atmosféricas mais quentes e mais secas", salientou a Inciweb, o serviço de informação sobre incêndios.
As chamas deste incêndio encontram-se perto do muito turístico parque nacional de Yosemite, cujo encerramento parcial foi prolongado pelo serviço dos parques nacionais até 05 de agosto se as condições o justificarem.
Quando ao chamado "Complexo Mendocino", formado por duas frentes de incêndio, registaram-se alguns progressos: o incêndio River está controlado a 50%, depois de ter queimado mais de 14.200 hectares, e o incêndio Ranch, a 33%, após destruir mais de 30.300 hectares.
Várias dezenas de milhares de pessoas viram-se obrigadas a abandonar as suas casas perante o avanço das chamas, mas desde há alguns dias, uma parte delas foi autorizada a regressar a casa.