Votação já terminou. Johnson pede apoio a deputados conservadores contra moção de censura
Primeiro-ministro britânico enalteceu "a maior vitória eleitoral em 40 anos" e prometeu aos conservadores trabalhar para "restabelecer a confiança" dos eleitores.
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, dirigiu-se esta tarde, à porta fechada, aos deputados do partido Conservador, a quem pediu o apoio antes da votação de uma moção de censura interna no parlamento que teve início às 18h00.
Johnson compareceu perante o grupo parlamentar no edifício do parlamento, em Londres, onde reivindicou "a maior vitória eleitoral em 40 anos" e prometeu trabalhar para "restabelecer a confiança" dos eleitores.
"Todos vocês conhecem a força incrível que podemos representar quando estamos unidos", acrescentou o chefe do governo, que alertou para o risco dos conservadores se virarem "uns contra os outros", segundo a estação Sky News.
Boris Johnson enfrentou esta tarde a votação de uma moção de censura, enquanto líder do Partido Conservador, após dezenas de deputados terem manifestado o seu descontentamento.
Graham Brady, presidente do grupo parlamentar conservador, também conhecido por Comité 1922, declarou hoje de manhã ter sido ultrapassado o patamar de 54 subscritores para desencadear o processo.
A votação secreta teve lugar na Câmara dos Comuns entre as 18h00 e as 20h00 e o resultado, determinado por maioria simples, será declarado pelas 21h00 (mesma hora em Lisboa).
Esta é uma moção de censura interna do partido e não no Parlamento, pelo que só os 359 deputados conservadores podem participar.
Se Johnson ganhar pelo menos 180 votos permanecerá como líder do partido e terá um ano de imunidade contra novas moções de censura, mas uma derrota abrirá caminho a uma eleição interna para encontrar um sucessor na qual o atual primeiro-ministro não poderá concorrer.