Sem surpresas, o antigo presidente da Câmara de Londres foi o escolhido para suceder a Theresa May na liderança do partido Conservador.
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Está escolhido o novo líder do Partido Conservador e, por inerência, o novo primeiro-ministro britânico: Boris Johnson.
O anúncio foi feito esta manhã em Londres, depois de o prazo para os membros do Partido Conservador votarem no novo líder, eleição disputada entre Jeremy Hunt e Boris Johnson, ter terminado esta segunda-feira.
O antigo presidente da Câmara de Londres foi o preferido da maioria dos militantes do partido, com 92.153 votos, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, só reuniu 46.656 dos votos. Estavam inscritos para votar nesta eleição 159.320 militantes.
Boris Johnson assume desde já o cargo no partido, mas a chefia do governo britânico só oficializada na quarta-feira, depois de o novo líder ser empossado pela Rainha Isabel II.
No discurso de agradecimento, Johnson começou por agradecer ao seu "formidável" oponente, pela "simpatia" e "boa natureza". Jeremy Hunt foi "fonte de excelentes ideias - todas as quais eu tenciono roubar", brincou. Também Theresa May mereceu um 'obrigado'.
O mote da governação será: "E de energia" - "Vamos energizar o país", diz. E, claro, levar o Brexit a bom porto, "unir o país e derrotar Jeremy Corbyn".
"Sabemos que conseguimos faze-lo e as pessoas neste país confiam em nos para o fazer."
O conservador de 55 anos protagonizou a campanha para a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo de 2016 e tem sido um dos críticos mais proeminentes da estratégia do governo para o Brexit.
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Onda de demissões no Governo
Ainda antes de conhecida a escolha do novo líder dos Conservadores, vários membros do Governo anunciaram a demissão invocando incompatibilidade com Boris Johnson.
Esta terça-feira a ministra da Educação Anne Milton apresentou a sua carta de demissão, onde diz temer uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo.
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Também esta segunda-feira o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Alan Duncan, apresentou a demissão de funções.
"O Reino Unido faz tantas coisas boas no mundo. É trágico que justamente quando poderíamos ter sido a força intelectual e política dominante em toda a Europa e mais além, tenhamos tido de passar todos os dias a trabalhar sob a nuvem negra do Brexit", lamentou, na carta de demissão publicada na rede social Twitter.
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O The Sun noticiou na semana passada que mais de 12 de membros do Governo poderão demitir-se nos próximos dias na sequência da vitória de Boris Johnson, incluido o ministro das Finanças britânico, Philip Hammond e o ministro da Justiça, David Gauke.
Theresa May renunciou às funções de chefe do partido a 7 junho devido ao impasse nas negociações do Brexit.