Um quarto da população bósnia foi afetado pelas cheias dos últimos dias no país. O governo diz que é uma situação parecida com a que o país viveu durante a guerra nos anos 90.
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A comparação não podia ser mais devastadora. O ministro bósnio dos Negócios Estrangeiros só vê na Guerra Civil da antiga Jugoslávia, há vinte anos, um paralelo com o nível de destruição destas cheias nos Balcãs, mas que afetam em especial a Bósnia Herzgovina, com mais de um milhão de afetados num país com quatro milhões de habitantes.
O ministro dos Negócios Estrangeiros lamenta que, de novo, a população tenha sido sujeita a perder tudo e a ter que abandonar as casas onde vivem.
As pessoas estão a ser afetadas a vários níveis, desde logo com as casas inundadas. A água canalizada está contaminada para consumo humano e existe o risco de mais de dois mil deslizamentos de terras.
O rio Sava, um dos afluentes da margem direita do Danúbio, nunca tinha alcançado leitos tão grandes e devastadores em cem anos e não há memória de tanta água nas margens deste rio.
Agora, tanto militares como voluntáros fazem uma corrida contra o tempo para salvarem a principal central termoeletrica da Sérvia.
A central fica a 30 Km de Belgrado e pode ser inundada. Sacos de areia estão a ser cheios e colocados à volta do complexo energético para travar a força das águas.
O outro problema é a inundação da mina de carvão que abastece a central.
Existe também uma memória da guerra que regressa com estas cheias: os campos de minas que estavam referenciados e mapeados, agora, com a deslocação das terras as minas anti-pessoais mudaram de lugar, o que vai aumentar o risco para um perigo adormecido durante os últimos vinte anos na Bósnia Herzgovina.