Autocarros começaram a sair do campo de Vucjak, perto da cidade de Bihac, com migrantes a bordo.
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As autoridades bósnias começaram esta terça-feira a deslocar para Sarajevo várias centenas de migrantes alojados num controverso campo improvisado perto da fronteira com a Croácia, depois da grande pressão internacional que levou a Bósnia a decidir encerrá-lo.
Os autocarros começaram a sair do campo de Vucjak, perto da cidade de Bihac (noroeste da Bósnia-Herzegovina), com migrantes a bordo, relatou um fotógrafo da agência de notícias France-Presse (AFP).
O campo, aberto em junho, em cima de um antigo aterro de lixo e perto de terrenos minados durante a guerra dos anos 90, não tem água potável nem eletricidade e os migrantes viviam em tendas em condições deploráveis.
Segundo as autoridades, cerca de 350 migrantes serão transferidos para um centro de acolhimento perto de Sarajevo, gerido pela Organização Internacional das Migrações (OIM). Esta é uma solução temporária, uma vez que os migrantes serão transferidos posteriormente para um antigo quartel em Blazuj, perto de Sarajevo, onde está a ser construído um novo centro de acolhimento, de acordo com o ministro da Segurança, Dragan Mektic.
Os refugiados são principalmente jovens de países da Ásia e do norte da África. Cerca de 25.000 migrantes passaram pelo campo de Vucjak em seis meses, indicou Selam Midzic, um responsável da Cruz Vermelha da Bósnia.
No passado dia 03 de dezembro, o Conselho da Europa voltou a exigir a evacuação urgente do campo de refugiados de Vucjak, alertando que as centenas de pessoas que viviam no local em situação precária podiam morrer devido ao frio.
Segundo os meios de comunicação locais, vários grupos de migrantes deixaram o campo nos últimos dias e dirigiram-se para a floresta em direção à fronteira com a Croácia, país membro da União Europeia. Atualmente, cerca de 8.000 migrantes encontram-se na Bósnia, indicou Dunja Mijatovic.
Os centros de acolhimentos administrados pela OIM têm capacidade para cerca de 5.000 pessoas.