É o primeiro Óscar de Brad Pitt enquanto ator. Em 2014 ganhou como produtor por 12 Anos Escravo.
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O primeiro Óscar da 92.ª edição dos prémios da Academia de Hollywood foi entregue a Brad Pitt como melhor ator secundário, pelo desempenho em "Era Uma Vez em... Hollywood", de Quentin Tarantino.
Tom Hanks, pelo desempenho em "Um Amigo Extraordinário", Anthony Hopkins, em "Dois Papas", Al Pacino, em "O Irlandês", e Joe Pesci, em "O Irlandês", eram os outros quatro candidatos.
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A atribuição de um Óscar a Brad Pitt, o primeiro da sua carreira, causou uma reação positiva na plateia, que saudou a atribuição.
A entrega do Óscar de melhor ator secundário abriu a cerimónia de celebração da indústria cinematográfica norte-americana, em Los Angeles, uma cerimónia de novo sem apresentador e com "Joker", de Todd Phillips, a reunir 11 nomeações, o maior número da noite, entre as quais Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Banda Sonora.
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"Joker" é seguido de perto por "O Irlandês", de Martins Scorsese, "Era uma Vez... em Hollywood", Quentin Tarantino, e "1917", de Sam Mendes, com 10 nomeações cada, entre as quais as categorias mais cobiçadas de Melhor Filme e Melhor Realização.
"Jojo Rabbit" está nomeado para seis estatuetas, o mesmo número de "Mulherzinhas", "História de um Casamento" e "Parasitas". "Le Mans'66: O Duelo" tem quatro, incluindo para Melhor Filme, e "Bombshell" e "Os Dois Papas" receberam três nomeações.
Os portugueses Sérgio Martins e Edgar Martins também poderão sair vitoriosos da cerimónia em Hollywood, se o filme espanhol da Netflix "Klaus" vencer o Óscar de Melhor Animação (longa-metragem).
Ainda em português, o filme "Democracia em Vertigem", da realizadora brasileira Petra Costa, que retrata de forma pessoal o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder, está na corrida pela estatueta de Melhor Documentário (longa-metragem).
No total, haverá 34 filmes individuais a competir em 24 categorias, mas as escolhas dos nove mil membros da Academia, que em 2016 se comprometera a duplicar, entre os seus elementos, o perfil diverso até 2020, suscitaram novas críticas na indústria.
Desde que as nomeações foram conhecidas, no dia 13 de janeiro, várias vozes apontaram a ausência de mulheres indicadas na categoria de realização e a predominância de atores brancos nas quatro categorias de representação, com Cynthia Erivo a ser a única não branca nomeada.
Entre essas vozes destacaram-se o autor Stephen King, que publicou um artigo de opinião no jornal The Washington Post dizendo que os Óscares continuam armados a favor das pessoas brancas e que os avanços feitos na indústria cinematográfica estão longe do devido, e o ator Joaquin Phoenix que, no seu discurso de vitória nos prémios da Academia Britânica de Artes do Cinema e da Televisão (BAFTA), criticou o "racismo sistémico" que barra outros atores "merecedores" de distinção.
Esta é também a segunda cerimónia consecutiva sem um anfitrião oficial, por decisão da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, mas com 40 convidados que vão passar pelo palco para apresentar as diferentes categorias, como Jane Fonda, Tom Hanks, Penélope Cruz, Spike Lee e Gal Gadot.
Steve Martin e Chris Rock abriram a cerimónia, numa rábula que foi das primárias democratas no Iwoa, à ausência de diversidade nos nomeados, referenciando a única candidata negra entre os atores, Cynthia Erivo, nomeada para melhor atriz secundária, pelo desempenho em "Harriet".
A 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos, realiza-se no Dolby Theatre, em Los Angeles, na noite de domingo, na Califórnia, madrugada de segunda-feira em Portugal.