A proposta já foi enviada às escolas por todo o Brasil, numa nova circular. A imprensa brasileira está a comparar a situação com a realidade de países ditatoriais.
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O ministro da Educação do Brasil, Ricardo Vélez, enviou uma circular para todas as escolas do país a pedir que filmem os seus alunos a cantar o hino nacional e enviem o vídeo para o Governo.
Na mesma circular, Vélez pede também para que seja lido o seguinte texto: "Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e a qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em vosso benefício, alunos, que constituem a nova geração."
O texto termina com o slogan da campanha de Bolsonaro: "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos."
As críticas à iniciativa de Vélez não se fizeram esperar na imprensa. O jornal O Globo fala numa atitude própria de ditaduras e não de democracias. Já a Folha de São Paulo chama Vélez de "ministro da falta do que fazer".
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), de extrema-esquerda, ameaça processar o ministro por crime de responsabilidade. E até o movimento Escola Sem Partido, muito ligado a Bolsonaro, comparou a circular às atitudes ideológicas do Governo de Lula.
Vélez chegou ao executivo de Jair Bolsonaro por sugestão de Olavo de Carvalho, filósofo radicado nos Estados Unidos, conhecido por ser o guru da nova direita brasileira - e que defende o fim daquilo a que chama de "ofensiva marxista cultural".