Cariocas sob temperaturas a rondar os 42 graus devido a “rios voadores” e outros fatores extremos. Paulistanos, sem a chuva típica de fevereiro, enfrentam mais de 38
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O Rio de Janeiro está a arder. O Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, regista temperaturas em torno dos 42 graus e sensação térmica a rondar os 62.
Para o clima anormal, até para o verão de uma cidade tradicionalmente quente, contribuem fatores habituais, como a geografia da cidade ou o sistema de alta pressão, mas também outros menos conhecidos como os “rios voadores”, isto é, as correntes de humidade que transportam vapor de água da Amazónia para outras regiões do Brasil.
Por causa do calor, o ensaio da escola de samba Beija Flor, na Praia de Copacabana, foi cancelado, mas a população comum não deixou de encher as ruas no fim de semana em eventos de pré-carnaval, como os blocos de rua.
A prefeitura da cidade, entretanto, recomenda ingestão de água, uso de protetor solar, mesmo a quem não está na praia, e uso de roupa leve, além de determinar paragens para hidratação dos funcionários públicos que trabalham expostos ao sol.
Em São Paulo, cidade por norma menos quente, os termómetros passam os 38 graus, segundo o instituto Metsul, com algumas das temperaturas mais altas de sempre registadas para esta altura do ano. O que mais preocupa é a ausência de chuvas, comuns no auge do verão, devido a uma massa de ar anormalmente quente e uma bolha de calor, dizem os especialistas.
Para proteger a população, a prefeitura tem a Operação Altas Temperaturas, com dez tendas montadas em pontos estratégicos da cidade para acolher qualquer pessoa que queira um abrigo com temperatura amena para descansar e hidratar-se.
As altas temperaturas no Rio e em São Paulo devem continuar, pelo menos, até ao fim da semana.
