O Brasil ainda não tem calendário de vacinação para as crianças, mas, em São Paulo, os adolescentes poderão ser imunizados a partir de 23 de agosto.
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No Brasil, onde apenas 14,5% da população está totalmente vacinada, ainda não há calendário de imunização contra Covid-19 para crianças.
O país atrasou-se na vacinação por, ainda em 2020, o governo de Jair Bolsonaro ter ignorado ou recusado propostas de venda de vacinas dos principais laboratórios mundiais. Quando reconheceu o erro, por volta de fevereiro deste ano, já a população brasileira era das que mais morria por Covid-19 no mundo.
A aquisição, às pressas, de vacinas, por outro lado, terá gerado casos de corrupção, com sobrefaturamentos suspeitos, e outros problemas, sob investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal que tem sido uma "pedra no sapato" do Palácio do Planalto. O próprio Presidente Bolsonaro vai ser investigado pelo Ministério Público por prevaricação num desses esquemas.
Mas, em paralelo, o governo de São Paulo, o estado mais adiantado na imunização, apresentou, o primeiro cronograma para adolescentes. Os paulistas entre os 12 e os 17 anos podem começar a ser vacinados a partir de 23 de agosto.
Segundo Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacinação de crianças não deve ser considerada prioritária - segundo o cientista, representando as crianças meros 0,32% dos óbitos, "não tem sentido vacinar a primeira criança antes de vacinar o último adulto".
"Só quando houver redução de circulação da doença serão incluídas as crianças", remata.
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