O tribunal que está a julgar Anders Breivik decide, esta terça-feira, se o autor dos massacres do Verão passado em Oslo agiu ou não em plenitude das suas capacidades.
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É Breivik um louco ou um criminoso perfeitamente ciente do que ia fazer? A conclusão dos dois psiquiatras noruegueses sobre o estado mental de Anders Breivik vai ser entregue ao tribunal ao inicio da tarde, sabendo-se então se Breivik pode ou não ser condenado à prisão pelos atentados de Oslo e Utoya a 22 de Julho, que vitimaram 77 pessoas.
Se Breivik for considerado psicótico ou inculpável no momento dos atentados, restam-lhe várias alternativas ao abrigo do código penal norueguês, sendo a mais provável o internamento forçado numa instituição psiquiátrica por pelo menos 20 ou 30 anos.
Breivik defende estar de boa saúde mental e diz ir opor-se com todos os meios ao seu alcance a um diagnóstico de loucura.
O relatório psiquiátrico, de 230 páginas, fruto de 13 longas conversas com Breivik e entrevistas com familiares e amigos, dedica um largo espaço à infância atribulada do terrorista, com uma família disfuncional e com abusos de diverso tipo.
A defesa argumenta que o passado de Breivik é, no mínimo, um factor atenuante e que se ele receber tratamento adequado pode reabilitar-se e sair mais tarde em liberdade.