Anders Behring Breivik, autor confesso dos ataques de 22 de Julho na Noruega, tinha preparado uma segunda bomba, maior do que a que explodiu junto à sede do governo norueguês.
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De acordo com a televisão pública norueguesa NRK, que cita fontes militares anónimas, a bomba, encontrada na quinta que Breivik alugava a cerca de 140 quilómetros a norte de Oslo, tinha entre uma e 1,5 toneladas e estava prestes a ser usada.
A título de comparação, a que foi colocada numa carrinha junto às instalações do governo e que explodiu a 22 de Julho tinha cerca de 950 quilos, de acordo com estimativas de especialistas. Oito pessoas morreram na explosão.
A 27 de Julho, a polícia anunciou ter encontrado e destruído explosivos armazenados na quinta isolada, sem precisar a quantidade nem o estado de avanço dos preparativos.
Breivik, que planificou os atentados há bastante tempo, alugava esta quinta há várias semanas, oficialmente para cultivar legumes mas, na verdade, tinha-a para poder comprar materiais químicos sem levantar suspeitas.
De acordo com a central sueca de compras agrícolas, no início de maio foram-lhe entregues seis toneladas de químicos, utilizados na construção das bombas.
Depois do atentado à viatura estacionada, Breivik foi para a ilha de Utoya, a 40 quilómetros de Oslo, e abriu fogo sobre dezenas de jovens que estavam ali concentrados, causando 69 mortos.
Segundo a polícia, o extremista de 32 anos reconheceu durante o interrogatório que tinha «outros alvos» em mente, sem confirmar as informações avançadas pela imprensa de que pretendia atacar o Palácio Real e a sede do Partido Trabalhista, actualmente no poder.
Detido provisoriamente numa prisão de alta segurança perto de Oslo, Anders Behring Breivik admitiu ser o autor dos dois ataques e disse ter agido sozinho.