Anders Breivik vai ser sujeito a uma segunda avaliação psiquiátrica antes do início do julgamento marcado para Abril. A decisão do tribunal de Oslo de reavaliar o seu estado mental constitui uma reviravolta quase sem precedentes na história judicial da Noruega.
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Em finais de Novembro, dois psiquiatras noruegueses tinham concluído que Breivik é esquizofrénico e estava psicótico no momento dos atentados de Oslo e Utøya, pelo que não podia ser responsabilizado e condenado pelos ataques terroristas.
Em vez de cadeia Breivik seria internado num hospital psiquiátrico.
Mas, o diagnóstico de loucura provocou uma onda tal de reacções na opiniäo pública, a que nem o próprio tribunal conseguiu resistir.
Em especial, os sobreviventes e familiares das vítimas exigem uma reavaliação independente do estado mental de Breivik, para que se reduza a possibilidade de ele conseguir iludir a justiça.
Para a maioria dos noruegueses, Breivik não está louco, mas faz-se de louco, com o objectivo de desviar as atenções sobre os atentados, mortos e feridos, e fazer com que o julgamento gire, pelo contrário, em torno de si mesmo e da ideologia que motivou os ataques terroristas.