Entrevistado em Bruxelas, pela TSF, Carlos Coelho considera que a saída abrupta, com consequências negativas para o Reino Unido, é a mais provável.
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A menos de uma semana do voto em Londres sobre o acordo de saída da União Europeia, o eurodeputado Carlos Coelho manifesta fortes dúvidas, relativamente à possibilidade de aprovação.
Relativamente à expectativa para o dia 15, o dia em que a primeira-ministra britânica quer, finalmente submeter o acordo à votação na câmara dos comuns "tudo indica que o governo inglês vai ser derrotado", considera Carlos Coelho, antecipando o chamado "hard brexit, como o mais provável".
O deputado nota, porém, que pode ainda haver "um adiamento", na medida em que o "tratado o prevê", desde que seja pedido e "bem justificado" pelo governo Britânico e "acordado por unanimidade no Conselho".
"Há um papel de Donald Tusk que diz que qualquer prorrogação teria de ser apenas por dois meses para garantir que o Reino Unido já não estaria como um Estado de pleno direito nas eleições europeias", salienta, considerando que, por essa razão, "não é claro" que a unanimidade esteja garantida no Conselho, no caso de haver um pedido de adiamento.
Além do mais, sendo o pedido de adiamento "possível", é porém "improvável", pois "seria necessário outro governo. E, eu não estou a ver, nos prazos, este governo a cair, outro a ser eleito e a tomar essa decisão", afirmou Carlos Coelho, para quem a "saída abrupta" é a que antecipa como "mais provável".