O relatório divulgado indica que há pistas que apontam para um ataque do tipo DOS (Denial of Service) à página de internet que permitia aos eleitores britânicos registarem-se para votar no referendo.
Corpo do artigo
Na prática, trata-se de um ataque organizado a uma rede informática com o objetivo de a bloquear. E foi isso mesmo que aconteceu. A cerca de uma hora e meia do prazo limite para os cidadãos britânicos efetuarem o registo, ocorreu um colapso dos servidores. As autoridades temeram que este bloqueio tivesse apagado o registo de milhares de eleitores.
O problema foi na altura atribuído a uma procura muito grande de britânicos que se queriam registar à última da hora. Agora, uma comissão do Parlamento do Reino Unido indica a possibilidade de um ataque informático. Os deputados não identificam os responsáveis mas fazem referências tanto à China como à Rússia.
Lê-se no relatório que tanto o Reino Unido como os Estados Unidos entendem os ciberataques como algo mais técnico e baseados em redes de computadores, já a Rússia e a China fazem uma abordagem que tem em conta a compreensão da psicologia de massas e como explorar os indivíduos. Concluem que é claro que com esta última abordagem pretende chegar além do digital para influenciar a opinião pública e interferir em eleições e referendos. A referência não será inocente.
Apesar das conclusões, é também referido neste relatório que os problemas informáticos não tiveram impacto nos resultados do referendo.