Martin Schulz quer ouvir "o clamor da maioria silenciosa" no referendo britânico à Europa.
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Martin Schulz está preocupado com o efeito do documentos do Panamá na campanha para o referendo na Grã-Bretanha. O referendo de junho sobre a continuidade do Reino Unido na União Europeia pode, para o presidente do PE, ser contaminado com a discussão politica à volta da revelação de que o primeiro-ministro terá beneficiado de uma empresa offshore no Panamá, em nome do pai.
David Cameron têm-se multiplicado, nos últimos dias, em explicações sobre a sua vida fiscal mas para o presidente do parlamento Europeu este episódio pode afastar o eleitorado do debate sobre a Europa. Assim, Martin Schulz,, numa entrevista esta manhã ao canal francês de televisão, LCI, disse que é tempo da "maioria silenciosa"marcar posição.
"Pomos a questão se a maioria silenciosa pode-se dar ao luxo de manter o silêncio. Portanto, é um tempo de batalha para mobilizar as pessoas que defendem esta ideia de uma democracia transnacional que nos acolhe já há seis décadas", diz Martin Schulz.
Para o presidente do PE este "é um momento de batalha que não devemos abdicar eternamente para aqueles que têm para tudo uma palavra de bota abaixo mas nunca uma solução".
De acordo com Martin Schulz os eurocéticos ainda são uma minoria na Europa, como ficou demonstrado no referendo da semana passada, na Holanda onde quase 70% por cento do eleitorado não quis participar e isso deu uma vitória aos contestatários do projeto europeu.