Britânico e norte-americano condenados à morte no Bangladesh por crime de 1971 (vídeo)
Um tribunal do Bangladesh condenou hoje à morte à revelia um britânico e um norte-americano pelo seu papel no homicídio de 18 intelectuais durante a luta pela independência contra o Paquistão, em 1971.
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Nove pessoas foram condenadas desde janeiro pelo Tribunal Internacional dos Crimes do Bangladesh, criado de forma controversa pelo Governo em 2010.
Durante a intervenção da Índia no fim do conflito de 1971, que marcou a derrota do Paquistão, as milícias pró-Islamabad mataram dezenas de professores, realizadores, médicos e jornalistas. Este vídeo relata o que se terá passado em 1971:
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O cidadão britânico, Chowdhury Mueen-Uddin, fugiu do Bangladesh depois da guerra e ocupou posições importantes em várias organizações islâmicas no Reino Unido, participando na criação do Conselho muçulmano do seu país.
Este antigo jornalista é acusado de ter sido um importante membro ativo da milícia islamita pró-paquistanesa Al-Badr e do partido islamita radical Jamaat e-Islami.
Ashrafuzzaman Khan, cidadão norte-americano, era um líder estudantil da universidade de Daca e vive hoje em Nova Iorque.
Um grupo de investigação privado identificou 1.175 pessoas, entre as quais generais paquistaneses e islamitas aliados a Islamabad na época, suspeitos de terem cometido crimes de guerra em 1971.
O Governo do Bangladesh é acusado por vários críticos de ter criado o tribunal por razões políticas.
De acordo com dados do Governo do Bangladesh, a guerra de 1971 causou três milhões de mortos, mas entidades independentes estimam o número de vítimas entre 300 mil e 500 mil.