Bruno Gonçalves pede à UE "voz urgente e firme" após Israel ter "sequestrado ativistas" que seguiam no navio Madleen
Numa altura em que "todos os limites já se ultrapassaram no desrespeito pelos diretos humanos", o eurodeputado socialista refere à TSF que é hora de "dizer claramente que a União Europeia não negocia, não dialoga nem coopera com Estados que vedam e vetam o acesso à ajuda humanitária"
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O eurodeputado socialista Bruno Gonçalves é um dos signatários da carta enviada a vários responsáveis europeus — que pede uma resposta urgente ao ataque das forças israelitas ao navio humanitário Madleen, apreendido em águas internacionais — e, em declarações à TSF, fala num "sequestro de ativistas" sobre o qual é necessário "expressar desagrado, condenar e exigir de imediato o fim da sua detenção".
Bruno Gonçalves destaca que, entre os tripulantes do Madleen — que ao início da noite desta segunda-feira chegou ao porto de Ashdod, já território israelita — está a eurodeputada Rima Hassan: "Todos os limites já se ultrapassaram no desrespeito pelos direitos humanos."
A União Europeia tem de ter uma voz firme e muito mais urgente do que a que teve até hoje
Questionado sobre o que tencionam os eurodeputados fazer caso a carta não tenha o efeito que desejam, o socialista sublinha que o texto é um "alerta" para que a União Europeia (UE) vá mais longe do que tem ido até agora, ressalvando que "não há uma posição clara" do bloco comunitário sobre o conflito na Faixa de Gaza. Por sua vez, este político é perentório: "É um genocídio."
O mesmo documento pede também a suspensão imediata do acordo comercial entre a UE e Israel. A razão? É necessário, prossegue Bruno Gonçalves, "dizer claramente que a União Europeia não negocia, não dialoga nem coopera com Estados que vedam e vetam o acesso à ajuda humanitária a Estados terceiros, como a Palestina", algo que intitula como "violações flagrantes".

