A Comissão Europeia criticou o enfoque «discriminatório» da Suíça em relação aos imigrantes que procuram trabalho no país, sublinhando que a força laboral suíça depende grandemente de trabalhadores estrangeiros.
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«A Suíça precisa da força laboral estrangeira. Entre 22% e 23% da sua força laboral total provém de outros países», disse o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Laszlo Andor, ao ser questionado numa conferência de imprensa sobre o referendo suíço «contra a imigração em massa».
A consulta, marcada para 09 de fevereiro, é uma iniciativa do Partido do Povo Suíço (SVP, direita).
Frisando tratar-se de «uma percentagem muito elevada» e «extraordinária», Andor afirmou que, por isso, a Comissão Europeia «não compreende o enfoque discriminatório que o país tem adotado e continua a adotar relativamente aos novos Estados membros da União Europeia».
Bruxelas já abordou a questão dos trabalhadores imigrantes com a Suíça e vai voltar a fazê-lo, assegurou o comissário, defendendo uma abordagem «muito paciente e o mais construtiva possível».
A iniciativa do SVP visa limitar a entrada de estrangeiros, fixando quotas para a atribuição de autorizações de residência, e restringir a atribuição de direito de residência a familiares dos imigrantes e ao acesso a prestações de saúde por estrangeiros.