A Comissão Europeia reforçou o seu apoio à Organização Mundial de Saúde e defende que este é o "momento para a solidariedade".
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Questionada sobre as criticas de Donald Trump à Organização Mundial de Saúde e a ameaça de corte permanente do financiamento à OMS, a porta-voz de Bruxelas afirma que não é altura para acusações, mas antes para a cooperação e apoio ao multilateralismo. Virginie Battu-Henriksson entende que por agora os líderes mundiais devem unir esforços no combate ao novo coronavirus.
"A cooperação global e a solidariedade através de esforços multilaterais são a única opção efetiva e viável para ganhar esta batalha, como temos salientado inúmeras vezes", defendeu a porta-voz, veiculando uma posição oficial da Comissão Europeia, que contrasta com as afirmações do presidente norte-americano.
Na última madrugada, Donald Trump intensificou as críticas contra a Organização Mundial de Saúde, incluindo com a ameaça do corte permanente de verbas, numa carta em que afirma que "a única forma de avançar, para a OMS, é se realmente for capaz de demonstrar independência em relação à China".
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Para Trump, a OMS apresenta "uma alarmante falta de independência" em relação à China e lança críticas ao principal responsável da OMS, Tedros Adhanom e a Pequim na gestão da pandemia do novo coronavírus. Mas, a posição de Donald Trump não é sustentada em Bruxelas.
"A União Europeia apoia a OMS nos esforços para conter e mitigar a Covid-19 e já concedeu verbas adicionais para ajudar nesses esforços", disse a porta-voz, vincando que esta não é altura para acusações.
"Este é o momento para a solidariedade. Não é altura para apontar o dedo ou para minar a cooperação multilateral", defendeu Virginie Battu-Henriksson, para quem esta ideia se torna mais relevante, "especialmente hoje, no dia em que aguardamos a aprovação de uma resolução apresentada pela União Europeia e pelos Estados Membros, na Assembleia Geral da OMS".
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Na resolução, a União Europeia pede uma avaliação, adequada e imparcial o mais breve possível sobre a resposta internacional à Covid-19 e sobre as lições que daí devem ser retiradas, para preparar uma futura resposta a eventuais novas pandemias.
Em abril, Donald Trump suspendeu as contribuições de 400 a 500 milhões de euros anuais, dos Estados Unidos à OMS, durante a realização de um estudo "para avaliar o papel da OMS na má gestão e ocultação da disseminação do novo coronavírus".
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